19 julho 2006

Estou de partida. A casa está quase vazia.
Há muito tempo que não escrevo e tenho tido tanto para dizer. Mas por este ou por aquele motivo não tem havido ocasião e portanto passo à fente alguns episódeos marcantes e até interessantes. Mas hoje, prestes a chegar ao final de mais um ano lectivo, tenho que começar a dizer o que de bom esta 'viagem' tem sido para mim. Foi afinal este o mote do blog. As minhas incursões pelo país, pelas escolas, pelos sítios e pelas pessoas também.
Esta foi a escola onde encontrei melhores pessoas; muita gente boa, mas algumas particularmente especiais. Refiro-me a professores. Fiz amizades que me marcaram, vivi momentos que não vou esquecer e isto faz da minha vida um verdadeiro labirinto de emoções.
Penso todas as revelações de amizade e sinto-me invadida de uma plenitude de como quem olha o mar do alto de uma falésia... e vou-me descobrindo. Sem nunca ter sido uma pessoa premeditada encontrei sempre um sentido para a vida por isso me vou dando, completamente, em tudo o que faço, esteja longe ou perto de casa, seja a ensinar crianças ou adolescentes.
Mas é muito mais o que recebo do que o que dou.
Já estou mais uma vez com a 'mala' pronta para partir, deixando para trás emoções, amizades e mais alguns alunos que me deixam palavras bonitas que são o feed back da minha entrega à profissão.
Há quem tenha medo de ser avaliado pelos alunos, pelos pais ou por colegas.
Quando se gosta do que se faz, o difícil (e estou a lembrar a turma de curriculo alternativo) é um desafio. É preciso enfrentar e sobretudo acreditar. Eu acredito no contributo que posso dar para a formação dos meus alunos, da mesma forma que acredito que se a vida fosse fácil não era tão verdadeira.