
Há tanto tempo que não escrevo nada! Logo hoje que chove tanto e que convida à reflexão eu mais uma vez não tempo!!
Mas gosto da chuva. As pessoas recolhem-se, agrupam-se, falam, trocam ideias. Difícil mesmo é sair e entrar nos pavilhões com os alunos todos à molhada a fazerem um barulho infernal. Eles não falam, gritam; não andam, correm; não conversam, discutem. Onde que isto irá parar? Preocupo-me com estas gerações futuras... Se está sol, são as 'hormonas' e tudo mais, se está a chover, ficam excitados com a chuva. O que é que será preciso para que se comportem civilizadamente? Educação. Mas também não há tempo para isso. Os pais têm muitos problemas, têm que trabalhar muito para lhes dar 'tudo'. Nunca dão por isso o que é fundamental. Nunca ensinam os filhos a gostar, a desejar, a pensar, a reflectir, a conversar, a respeitar e ser respeitados (sim, há alunos que nem se dão ao respeito).
Eu faço o que posso. Ainda hoje fiz mais uma conquista na turma difícil do Curriculo Alternativo.
Dou-lhes atenção, não levanto a voz (eles também já não o fazem), converso com eles, considero-os como considero os outros que tomam banho e têm família. Eu acredito na escola não só como fonte de saber mas também como fonte de intervenção social.
Mas gosto da chuva. As pessoas recolhem-se, agrupam-se, falam, trocam ideias. Difícil mesmo é sair e entrar nos pavilhões com os alunos todos à molhada a fazerem um barulho infernal. Eles não falam, gritam; não andam, correm; não conversam, discutem. Onde que isto irá parar? Preocupo-me com estas gerações futuras... Se está sol, são as 'hormonas' e tudo mais, se está a chover, ficam excitados com a chuva. O que é que será preciso para que se comportem civilizadamente? Educação. Mas também não há tempo para isso. Os pais têm muitos problemas, têm que trabalhar muito para lhes dar 'tudo'. Nunca dão por isso o que é fundamental. Nunca ensinam os filhos a gostar, a desejar, a pensar, a reflectir, a conversar, a respeitar e ser respeitados (sim, há alunos que nem se dão ao respeito).
Eu faço o que posso. Ainda hoje fiz mais uma conquista na turma difícil do Curriculo Alternativo.
Dou-lhes atenção, não levanto a voz (eles também já não o fazem), converso com eles, considero-os como considero os outros que tomam banho e têm família. Eu acredito na escola não só como fonte de saber mas também como fonte de intervenção social.

2 Comments:
Há uns anos, quando começaste a dar aulas, lembro-me de termos uma conversa sobre o papel dos professores na educação dos alunos, educação de vida, não só académica, e lembro-me de teres discordado veementemente comigo, por achares, na altura, que os professores têm que ter outras prioridades.
Gosto de ver que já não pensas assim e que, nos dias que correm, os professores têm de saber compensar o que os miúdos não têm em casa, a maior parte das vezes!
Há poucos pais empenhados em o ser hoje em dia (e como nós sabemos disso...).
Outro beijo!
Também concordo com a demasia da coisa, mas, são os chamados ossos de ofício! É certo que 80 a 90% do professores são-no, não por vocação, mas sim por recurso, porque aconteceu. Destes, alguns acabaram por se adaptar e ajustar bem à profissão, mas a grande maioria está ali, como poderia estar a plantar batatas... é confrangedor falar com alguns professores.
E surge-me outra questão (não querendo ser advogado do diabo, nem querendo estar "a bater no ceguinho"), será que esta percentagem elevada de professores deslocados na sua vocação profissional, que berram e gritam com os alunos, também não ajudam ao actual estado das coisas?
No ano passado fiz, em conjunto com algumas coreógrafas, ateliês em algumas escolas e fiquei chocado com a forma como os professores comunicam com os seus alunos. É que, a educação pelo exemplo ainda é muito importante!
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